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Acre!

Depois da travessia do rio Madeira, a estrada foi piorando e a pilotagem passou a ser com "leitura" da estrada. Trechos com muitos remendos e surpreendentes pedaços com "um pouco de estrada dentro dos buracos". Mas era só observar se havia marcas de barro na pista. Aí era reduzir bem a velocidade porque o que vinha pela frente eram crateras em toda a extensão da pista e do acostamento. Nem dava para desviar, muitas vezes só passando por dentro delas mesmo.



Em Rio Branco ficamos impressionados com a cidade, muito bonita e bem sinalizada. Nos hospedamos em um Hotel de Trânsito do Exército localizado ao lado do Círculo Militar de Rio Branco, onde fomos muito bem recebidos pelo amigo Huet Barcelar que, além de providenciar uma ótima hospedagem, nos orientou sobre nossa rota, troca de moedas e o que mais seria necessário para a entrada no Peru.


No dia seguinte, Bueno saiu para fazer troca de óleo e revisar a moto dele em uma oficina que lhe cedeu espaço. As ferramentas e o óleo ele levava na moto. Eu aproveitei o descanso passeando com minha Dyvah e depois fui curtir o espetáculo dos pirarucus no lago do Círculo Militar. Ali é um pedacinho do paraíso!

À noite fomos presenteados com a bela aparição da super lua, depois de uma chuva que ajudou a deixar a noite mais bonita e fresca.


Rio Branco foi uma agradável estadia, mas nossa aventura estava apenas começando. Eu estava ansiosa por transpor a fronteira com o Peru e encarar o desafio de atravessar a Cordilheira. Depois de nos despedir do Huet e dos funcionários HOTRAN que gentilmente anteciparam o café da manhã para que saíssemos bem cedo, partimos em direção a Assis Brasil pela estrada Interoceânica, mais conhecida como Estrada do Pacífico (BR 317, continuação da BR 364, que pegamos lá em Rondônia).


De Rio Branco a Assis Brasil, na fronteira com o Peru em Iñapari, são pouco mais de 320 quilômetros de estrada mal conservada. Some isso ao calor abafado da Amazônia e é fácil imaginar como o trecho foi cansativo, embora a viagem tivesse ocorrido sem maiores problemas.


Antes de passar na Polícia Federal para dar saída do país e carimbar nosso passaporte, paramos em um posto de combustíveis para abastecer pois não sabíamos o que nos esperava após a fronteira. E, para nossa surpresa, a atendente do posto trouxe água gelada e café em uma bandeja para nos servir. Muito gentil o gesto!


Passamos pela alfândega brasileira onde fomos gentil e rapidamente atendidos e rumamos para Iñapari, para passar pela Aduana Peruana.


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