Chegando na aduana do Chile, uma enorme fila de veículos na entrada! Enfrentamos a fila para carimbar os documentos pessoais e outras mais para pegar os "carimbos" que eram necessários para entrar no Chile. As bagagens foram minuciosamente revistadas por um cão farejador e depois por um fiscal que fez questão de tirar tudo dos alforges. Os alforges traseiros passaram pelo Raios X. Depois, outra fila para pegar mais um carimbo que, já na saída, um fiscal disse que faltava. Nem me pergunte pra que servia cada um deles... e lá se vão uns quarenta minutos. Enfim, liberados, tomamos o rumo de Arica.
Não é que ainda tinha mais surpresas? Obras, claro! Os oito quilômetros que ligam a aduana Chilena a Arica estavam em obra sendo percorridos fora da pista, pela terra. Sem-Hor! As Harleys adoram isso! E lá fomos nós pela terra, rabeando pelas pedras do caminho, até a entrada da cidade.
Na cidade procuramos o rumo das praias. Afinal, seria a primeira vez que eu veria o oceano Pacífico! Rodamos um pouco perdidos (pra variar) até nos informarem como chegar na Praia Las Machas e fomos direto para o Hotel Diego de Almagro.
O hotel era lindo e ficava na beira da praia. Havíamos feito uma pré-reserva mas lá chegando descobrimos que não havia quartos vagos para casal disponíveis. Mas os funcionários se encarregaram de procurar outra hospedagem e nos encaminharam para o Apart Hotel Paros, bem próximo dali. Foi uma excelente troca! Além do valor da diária cair pela metade, ficamos muito bem acomodados e com uma vista deslumbrante do Pacífico e de parte da cidade!
Pela manhã, um passeio para conhecer a cidade e trocar moedas. Compramos pesos chilenos e dólares e saímos a passear pelo centro da cidade. Arica é chamada de "Cidade da eterna Primavera", por seu clima é agradável com temperaturas que variam pouco durante o ano. Bonitinha, a cidade tem algumas áreas históricas e praças muito bem cuidadas. Na movimentada rua de pedestres encontramos músicos que se apresentam nas esquinas e à porta de bares e restaurantes se revezando em variados estilos e vozes maravilhosas.
E harleyro, que nunca está sozinho, sempre encontra um igual onde vai. Conhecemos na cidade o Waldo Harley, figuraça muito simpática! O encontro rendeu muita conversa, troca de informações e boas risadas.
Nos arredores do hotel, uma caminhada no fim da tarde para exercitar um pouco. Para quem nunca esteve em área de terremotos e tsunamis, encontrar marcas e placas de orientação sobre esses fenômenos até assusta um pouco pois nos lembra que ali isso PODE ocorrer a qualquer momento... Dormir no último andar do prédio até que deu uma aliviada no medo das ondas (SQN)...rs
No dia seguinte, cumprir o ritual de misturar as águas Atlântico/Pacífico. Duvida? Fizemos mesmo! kkkkkkkkkkkk.
O dia na praia foi uma delícia. Aquelas águas tépidas e calmas (dá até pra duvidar que elas são uma ameaça constante de imensas ondas ali) trazem uma grande paz. As pessoas são muito simpáticas e hospitaleiras. E o pôr-do-sol? Ah, que lindo! Arica é um lugar pra se voltar um dia. Talvez por muitos dias! Por ora, mais estrada nos aguardava.