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Iniciando a Ruta de Los Andes


Em Iñapari fomos imediatamente atendidos na imigração. Passaportes carimbados, seguimos para a aduana para dar entrada na documentação das motos e obter o SUNAT, comprovante que seu veículo entrou legalmente no país. Para nosso azar, era horário de almoço dos fiscais e teríamos que aguardar a volta deles para liberação dos veículos. Fomos ao comércio ao lado, uma lojinha que vendia lembranças junto a um bar, para trocar reais por soles e providenciamos os seguros obrigatorios das motos (SOAT), que ficaram em 140 soles para cada uma (um sol = um real) .



Aguardamos com fome mais de duas horas pelo "almoço" do fiscal e só tomamos Inca Cola, um refrigerante (da Coca-Cola) com cara de bebida radioativa, ou de coisa pior...rs.



Com a chegada dos responsáveis pelo SUNAT demos entrada na documentação e as motos foram "vistoriadas" - se é que se pode dizer isso de uma rápida olhada na placa - e fomos liberados.

Dali já encaramos um trecho da Carretera Interoceânica em terra, cerca de três quilômetros, com a pista em obras e começamos a disputar terreno com triciclos (cabriolés que alguns chamam de Tuc-Tuc) e carros e fiquei meio que preocupada com o trânsito um tanto caótico próximo à cidade. Mas, ao término das obras, me roí de inveja: Não só o asfalto era per-fei-to, como a natureza era totalmente preservada. A selva amazônica estava ali em toda sua majestade, bela e intocada. Queria que no Brasil estivesse assim também. E cadê o trânsito? Sumiu!


Paramos para admirar a selva. Pela primeira vez vi uma castanheira cheia de castanhas...

A velocidade máxima nesse trecho até Puerto Maldonado é de 60 Km/h, coisa difícil de manter com uma estrada tão boa, mesmo tendo muitas lombadas. Não existem radares mas a fiscalização é constante. Para minha sorte, era um domingo e parece que os fiscais não foram trabalhar. Então...


Fui me deliciando com o nome das localidades que passávamos: La Novia, Las Pedras, Los Angeles... A estrada era boa e de pouquíssimo trânsito.



Em Puerto Maldonado achamos gasolina e hotel com pagamento no cartão, o que nos aliviava de gastar nossos soles pois não sabíamos se eram suficientes para nossa jornada no Peru. Pegamos um tuc-tuc e fomos jantar no La Vaka, próximo à praça de armas, acompanhados de uma deliciosa cusqueña de trigo, da qual fiquei fã.


Divertido e maluco andar de tuc-tuc. Nada confortável, você sacoleja para todos os lados lá atrás, enquanto o piloto faz manobras bem arriscadas no meio do trânsito. Mas todos se entendem. A viagem custou dois soles.






De volta ao hotel, novamente de tuc-tuc... Estava começando a gostar das viagens, rs. No dia seguinte começaríamos a etapa mais difícil de minha aventura: a passagem dos Andes!

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